Sentia saudades de seus frutos. De seus filhos pródigos, que
em verdade, te digo que nada lhe davam além de temor.
Sentia falta do ar em demasia, que sufocante, acariciava seu peito.
Corria, centímetros e centímetros, e em sôfrego desespero
acabava sempre por cair, sem alcançar nem mesmo o menor de seus pequeninos. Sem
conseguir alçar voo, sentava-se sobre seu próprio caos e debulhava-se em lágrimas.
E no meio desse desespero, esquecia-se se já era homem ou
menino, perdia-se em devaneios tão tolos quanto lisonjeiros.
Encolhia-se até não mais parecer gente, na esperança de
assim a terra lhe engolir e dele, algo de belo nascer, uma rosa talvez, qualquer
coisa melhor do que fora e dera sua vida inteira.