Tô com saudade dos teus cabelos cumpridos em volta da tua
cabeça, assim como vários devaneios repletos de inocência.
To com saudade das noites em claro tentando desvendar os
mistérios que dançavam ao nosso redor, e que rindo cantavam nossas cantigas de
ninar.
Cruas verdades. Risonhas centelhas de mentira.
Saudade de cantar poetas decaídos, de sentir saudades de
tempos longínquos e inexistentes.
Saudade de palavras e letras que hoje me negam seu sabor, e
sua cor que, apesar de muito olhada já
não desbota, se torna sagrada.
Sinto saudade do concreto que amávamos como sendo mágico.
***
Paixão não preenche, mas engana o estomago.
Cor não dá vida, mas reluz em meio às trevas.
Luz não se segura, mas se aumenta.
Vermelho não é minha cor preferida, mas serve.